sábado, 25 de maio de 2013

Resumo: Pro dia nascer feliz

Pro Dia Nascer feliz

Todos sabem que a educação do nosso país nunca foi algo do qual podemos nos orgulhar, mas no documentário de João Jardim, Pro Dia Nascer Feliz nos convida a conhecer a verdadeira face caótica da educação brasileira.
Para cumprir tal missão, João entrevista alunos e professores de escolas públicas do Brasil e filma suas rotinas, a partir daí ele encontra com jovens que convivem de perto com drogas, criminalidade, violência, falta de estrutura e até mesmo com a falta higiene básica e transporte de segurança, jovens frutados sem sonhos, objetivos. Nesse documentário ele passa a conhecer professores que não tem mais estímulos de dar aula, professores que encaram a sala de aula como um pesadelo onde eles não são respeitados e tem que suportar xingamentos e até mesmo serem vistos como inimigos.
Logo no inicio do documentário João Jardim encontra uma escola no interior de Pernambuco, onde os alunos viajam horas até a escola em um ônibus que não dispõe de assentos para todos os estudantes, sem segurança e como se não bastasse ao chegarem à escola os alunos convivem com um lugar muitas vezes sem água, sem banheiro com o mínimo de higiene, um lugar que parece mais um casebre no meio do nada. Como alguém gostar de estudar ou de ensinar em lugares assim? Mais por incrível que pareça, João ainda consegue encontrar rosas em meio aos espinhos, ele se depara com a jovem Valéria uma poetisa de muito talento, mais que não tem o talento reconhecido nem por seus professores que acham que suas poesias são um plágio, até porque no lugar como esse até mesmo os professores não encontram estímulos pra escrever ou até mesmo ensinar.
            Um dos problemas que o documentário ainda retrata é a “aprovação automática”, onde os professores no final do ano, no momento do conselho de classe, resolvem passar o estudante sem condições apropriadas, por “seus motivos”, mas que não justificam a ação.
No decorrer do longa-metragem, o autor também nos apresenta outras escolas em outras cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, onde os alunos têm até uma estrutura um pouco melhor (mais que ainda não deixa de ser precária) mais ainda encontram problemas. Eles convivem com o tráfico, drogas, crimes, violência, medo, professores que também não tem estímulos e sofrem com medo de seus próprios alunos, educadores que muitas vezes são xingados e encarados como próprios inimigos pelos alunos e que sem saber como resolver tantos problemas. “Tá todo mundo cansado de ouvir os problemas da educação, mas ninguém faz nada” essa frase foi dita em um desabafo pela professora Celsa, da escola estadual de Itaquaquecetuba (SP).
Em contrapartida, Jardim nos apresenta o Colégio Santa Cruz, ele é bem diferente, sabe por quê? Não é do governo, é um colégio particular digno de países de primeiro mundo, onde os alunos na maioria das vezes só tem uma única preocupação, passar de ano, um lugar onde os alunos sonham em serem engenheiros e médicos, que tem dúvidas como qualquer outro jovem, mais que provavelmente tem um futuro incrível pela frente, diferente dos jovens que foram citados anteriormente, no qual encaram terminar o ensino médio sem cair no mundo do crime como uma grande vitória.

Enfim, o filme que nos apresenta a cara do nosso país, que não investem nos seus herdeiros, até porque todos sabem que o futuro de um país são os seus jovens, a partir daí o autor nos mostra onde tá errado e no que podemos melhora para que o nosso país esteja em boas mãos no futuro.

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