Não há desenvolvimento sem educação
Dirigido
por João Jardim, o filme “Pro dia nascer feliz” trata-se de um documentário que
mostra, em diversos ângulos, a educação brasileira. Indo desde o interior do Brasil
a lugares mais desenvolvidos, o filme relata, verbal e visualmente, a grande
diferença das escolas brasileiras. Através de depoimentos de estudantes,
professores e diretores, torna-se visível a disparidade educacional do país.
Em escolas
de interiores “desprovidos de recursos” pode ser vista a dificuldade que o
aluno tem de simplesmente ir à escola. Por questões de má distribuição de verba
pública; de falta de manutenção – por parte do governo e município – de bens,
como os transportes coletivos destinados ao deslocamento dos estudantes; bem como
a falta de saneamento nos prédios destinados às escolas (como no caso em que
não havia nem ao menos um banheiro), estudantes são prejudicados em um de seus
direitos que regem a constituição do país, que é o DIREITO À EDUCAÇÃO. O descaso chega a tanto que são disponíveis ANUALMENTE o valor de apenas R$ 1.200,00
(um mil e duzentos reais) para manutenção dessas escolas.
Partindo
para cidades “mais desenvolvidas”, as dificuldades permanecem, sendo que os
problemas evoluem de “apenas estruturais”
para comportamentais. Ampliando-se a visão para além da escola, chegando mais próximo
do meio em que elas estão inseridas – e por elas
subentendem-se as pessoas que nelas estudam – pode ser observado o desinteresse
por parte dos alunos e a falta de motivação dos professores em assistir/dar
aulas nas escolas públicas, em especial, nas periferias. O índice de violência,
a falta de recursos, as facilidades impostas pelo governo – professor não pode
reprovar aluno em escolas públicas – e, principalmente, a falta de esperança dos
jovens em conseguir atingir um patamar melhor de vida por serem constantemente
discriminados, vistos como marginais, em uma sociedade hipócrita, são alguns
dos principais motivos de cada dia mais se ter no país um número maior de “alfabetizados analfabetos”.
Saindo
da realidade do ensino público no Brasil, e, provavelmente, com a intenção de
mostrar como são diferentes os ensinos público e privado do país, o filme
também retrata uma escola particular, onde os alunos não deixam de ter seus
problemas, suas idiossincrasias, mas a estrutura educacional na qual estão
inseridos faz com que possuam outra visão de realidade.
Com
uma visão amplificada através do documentário, pôde-se perceber a discrepância
do ensino brasileiro. Segundo dados do site osabichão, o Brasil em
2012 ocupava a 6ª posição do PIB mundial e em 2020 continuará ocupando a mesma
posição, no entanto, atrás de países como Rússia e Índia, que hoje se encontram
pior posicionados no ranking. Segundo dados do FMI, em 2011 o Brasil ocupava a
posição de nº. 74 na escala de renda per capita. Poderia, então, se dizer que a
China está pior que o Brasil neste quesito, e essa afirmação seria correta. No entanto,
no inicio dos anos 80, Brasil e China tinham PIBs semelhantes, porém, hoje,
após investimento mássico em educação a China ocupa o segundo lugar no ranking de
PIB do mundo, enquanto o Brasil permanece em 6ª ou 7ª colocação.
Enfim,
jamais o Brasil será uma potência mundial se não investir fortemente em
educação. Hoje o país é uma nação de economia grande, mas com um povo, em sua
maioria, sendo de pobres. Infelizmente o governo tenta maquiar a realidade dizendo
que o Brasil é um país de classe média. Basta estar ganhando um salário mínimo
que o governo diz que é classe média, quando a realidade se mostra muito
diferente.
Através
desses dados mencionados anteriormente fica visível que o país está andando na
direção errada com relação à educação, visto que, de que adianta um país “rico”
financeiramente se o povo não possui instrução, conhecimento, ao menos básico,
para mover essa economia? O Brasil precisa não apenas de planos corretivos do
governo, como os incentivos ”bolsas governamentais”, para se desenvolver, mas
também de uma política que, ao aplicado o incentivo, trate de desenvolver uma
política de base que corrija o princípio do processo, para que as medidas
provisórias venham a ser de fato PROVISÓRIAS.
Os incentivos são importantes desde que seja trabalhada uma correção do que
gera a necessidade do incentivo.
O
brasileiro precisa de uma renda mínima pra viver como rege sua constituição,
com direito à saúde, lazer e educação, mas precisa também de condições estruturais
para suprir essas suas necessidades, como bons hospitais, locais de lazer e,
especialmente, boas escolas, que ensinem desde a idade em que a criança entra
na escola até quando sai de instituições de nível superior, tudo o que os
alunos precisam saber para que se desenvolvam e possam devolver, em prestações
de bons serviços ao país, mão de obra de QUALIDADE.
Um país desenvolvido é movido por pessoas desenvolvidas. Se o Brasil quiser
chegar a um bom nível de desenvolvimento, terá que aprender a matemática do “é dando que se recebe” e começar a ver
que só chegará a algum lugar se apostar alto em seu povo, dando condições de
vida melhor às suas crianças, seus jovens, idosos.
Equipe 08:
Débora Almeida
Sergivan Santos
Tiago Gomes
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