sexta-feira, 17 de maio de 2013


Não há desenvolvimento sem educação


Dirigido por João Jardim, o filme “Pro dia nascer feliz” trata-se de um documentário que mostra, em diversos ângulos, a educação brasileira. Indo desde o interior do Brasil a lugares mais desenvolvidos, o filme relata, verbal e visualmente, a grande diferença das escolas brasileiras. Através de depoimentos de estudantes, professores e diretores, torna-se visível a disparidade educacional do país.
Em escolas de interiores “desprovidos de recursos” pode ser vista a dificuldade que o aluno tem de simplesmente ir à escola. Por questões de má distribuição de verba pública; de falta de manutenção – por parte do governo e município – de bens, como os transportes coletivos destinados ao deslocamento dos estudantes; bem como a falta de saneamento nos prédios destinados às escolas (como no caso em que não havia nem ao menos um banheiro), estudantes são prejudicados em um de seus direitos que regem a constituição do país, que é o DIREITO À EDUCAÇÃO. O descaso chega a tanto que são disponíveis ANUALMENTE o valor de apenas R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais) para manutenção dessas escolas.
Partindo para cidades “mais desenvolvidas”, as dificuldades permanecem, sendo que os problemas evoluem de “apenas estruturais” para comportamentais. Ampliando-se a visão para além da escola, chegando mais próximo do meio em que elas estão inseridas – e por elas subentendem-se as pessoas que nelas estudam – pode ser observado o desinteresse por parte dos alunos e a falta de motivação dos professores em assistir/dar aulas nas escolas públicas, em especial, nas periferias. O índice de violência, a falta de recursos, as facilidades impostas pelo governo – professor não pode reprovar aluno em escolas públicas – e, principalmente, a falta de esperança dos jovens em conseguir atingir um patamar melhor de vida por serem constantemente discriminados, vistos como marginais, em uma sociedade hipócrita, são alguns dos principais motivos de cada dia mais se ter no país um número maior de “alfabetizados analfabetos”.
Saindo da realidade do ensino público no Brasil, e, provavelmente, com a intenção de mostrar como são diferentes os ensinos público e privado do país, o filme também retrata uma escola particular, onde os alunos não deixam de ter seus problemas, suas idiossincrasias, mas a estrutura educacional na qual estão inseridos faz com que possuam outra visão de realidade.
Com uma visão amplificada através do documentário, pôde-se perceber a discrepância do ensino brasileiro. Segundo dados do site osabichão, o Brasil em 2012 ocupava a 6ª posição do PIB mundial e em 2020 continuará ocupando a mesma posição, no entanto, atrás de países como Rússia e Índia, que hoje se encontram pior posicionados no ranking. Segundo dados do FMI, em 2011 o Brasil ocupava a posição de nº. 74 na escala de renda per capita. Poderia, então, se dizer que a China está pior que o Brasil neste quesito, e essa afirmação seria correta. No entanto, no inicio dos anos 80, Brasil e China tinham PIBs semelhantes, porém, hoje, após investimento mássico em educação a China ocupa o segundo lugar no ranking de PIB do mundo, enquanto o Brasil permanece em 6ª ou 7ª colocação.           
Enfim, jamais o Brasil será uma potência mundial se não investir fortemente em educação. Hoje o país é uma nação de economia grande, mas com um povo, em sua maioria, sendo de pobres. Infelizmente o governo tenta maquiar a realidade dizendo que o Brasil é um país de classe média. Basta estar ganhando um salário mínimo que o governo diz que é classe média, quando a realidade se mostra muito diferente.
Através desses dados mencionados anteriormente fica visível que o país está andando na direção errada com relação à educação, visto que, de que adianta um país “rico” financeiramente se o povo não possui instrução, conhecimento, ao menos básico, para mover essa economia? O Brasil precisa não apenas de planos corretivos do governo, como os incentivos ”bolsas governamentais”, para se desenvolver, mas também de uma política que, ao aplicado o incentivo, trate de desenvolver uma política de base que corrija o princípio do processo, para que as medidas provisórias venham a ser de fato PROVISÓRIAS. Os incentivos são importantes desde que seja trabalhada uma correção do que gera a necessidade do incentivo.
O brasileiro precisa de uma renda mínima pra viver como rege sua constituição, com direito à saúde, lazer e educação, mas precisa também de condições estruturais para suprir essas suas necessidades, como bons hospitais, locais de lazer e, especialmente, boas escolas, que ensinem desde a idade em que a criança entra na escola até quando sai de instituições de nível superior, tudo o que os alunos precisam saber para que se desenvolvam e possam devolver, em prestações de bons serviços ao país, mão de obra de QUALIDADE. Um país desenvolvido é movido por pessoas desenvolvidas. Se o Brasil quiser chegar a um bom nível de desenvolvimento, terá que aprender a matemática do “é dando que se recebe” e começar a ver que só chegará a algum lugar se apostar alto em seu povo, dando condições de vida melhor às suas crianças, seus jovens, idosos.



Equipe 08:

Débora Almeida
Sergivan Santos
Tiago Gomes

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