A prática do ensino exige respeito entre as duas categorias, do professor que passa o conhecimento, ao mesmo tempo respeitando a autonomia do aluno, ser consciente do seu saber incompleto.
Respeito esse que semelhante ao que tenho por mim mesmo, é o exercício da ética e não concessão de favores, onde o educador que desrespeita a curiosidade do aluno e a sua desigualdade e inquietude impondo para isso a sua autonomia está transgredindo os princípios fundamentais éticos de nossa existência.
Um professor autoritário sufoca a liberdade do aluno tirando dele o direito de ser curioso, desconhecendo ele que as pessoas aprendem e crescem muito mais quando discutem as diferenças. Devemos compreender sob a visão de professor que a quebra dos conceitos da ética não pode ser aceita como qualidade, mas desrespeito a dignidade humana, pois qualquer forma de discriminação e preconceito é imoral e combatê-lo é um dever, por mais difícil que seja a batalha.
O professor em sua pratica educacional deve constantemente usar o seu bom senso para se auto avaliar, na qual diante de qualquer atitude mais rígida na avaliação de um aluno, é o bom senso que orienta sobre a melhor atitude a ser tomada, jamais usando de autoridade. Porem a contradição autoridade-liberdade não é algo ainda bem resolvido na pratica educacional havendo muitas vezes uma confusão de sentidos entre autoridade e autoritarismo, licença e liberdade.
Sendo a educação um processo permanente o professor deve ter a compreensão do respeito à autonomia, à dignidade e à identidade do aluno. E a pratica desse saber levará ambos a criação de alguma virtudes ou qualidades, sendo também a sua ausência leva a um falso saber, pois no respeito ao saber ingênuo possibilita-se a sua substituição por um novo saber produzido na curiosidade.
O esforço para diminuir a distancia entre o discurso e a prática do professor leva a coerência, não podemos falar em respeito à dignidade do aluno quando em sala de aula o mesmo sofre com ironias, discriminações e arrogâncias por parte de quem deveria educá-lo. O exemplo de conduta deixado pelo professor em sala de aula acompanhará o aluno por toda sua vida, seja ele de irresponsabilidade e lucidez.
Outra questão a ser ressaltada, é que o aluno dever ter a consciência de que a luta do professor para a melhoria das condições físicas das escolas, assim como a melhoria dos seus salários é tão importante quanto o respeito que se deve ter pelo educando.
O descaso publico pela educação no Brasil é algo extremamente perigoso, visto que a sociedade cansada com esta situação tende a se acostumar com a mesma, deixando de lutar por melhorias. Desta forma, um professor desvalorizado, desmotivado, não sente estimulo a exercer bem a sua profissão, tendo dificuldade de respeitar o direito do aluno em busca do saber.
Sendo assim, a melhor resposta ao descaso político é a luta da classe consciente de seus direitos. Mas se a maneira de reivindicar os direitos do educador e educando não estiver dando certo, não é motivo para parar de lutar, basta apenas mudar de tática, ou seja, usar outra forma de lutar.
Jéssica Lopes, Dimas, Jonathan e Marcelo.
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