segunda-feira, 28 de março de 2011

As consequências de um acidente nuclear

imagemPrimeiro, o terremoto. Depois, o tsunami devastador e ainda, o medo do que não dá pra ver: a radiação nuclear. As explosões nos reatores da usina de Fukushima 1, no nordeste do Japão, assustaram o mundo. Três tipos de radiação podem ser liberados no meio ambiente em acidentes em usinas nucleares. Existem as partículas alfa, que geralmente não conseguem ultrapassar a pele de uma pessoa. são praticamente inofensivas. Já as partículas beta são capazes de atingir cerca de um centímetro na pele e podem causar queimaduras.

Os raios gama são os mais perigosos. Atravessam o corpo e deformam as células, podendo levar a vários tipos de câncer. Este é o grande temor de quem vivia perto das usinas nucleares no Japão.

“Houve um colapso das comunicações, um colapso da área de transporte, das estradas, dos serviços públicos, então a remoção foi feita em condições difíceis, mas foi uma decisão acertada e feita no tempo certo, o que salvou várias vidas”
, diz o engenheiro nuclear da COPPE UFRJ, Aquilino Senra.

A radiação – em casos de grande vazamento – pode contaminar a água, o solo, os animais, tudo o que é vivo. Se um animal come o pasto contaminado e depois comemos a carne desse animal, estamos trazendo a radiação para dentro do nosso corpo.

Ao explodirem, contaminam tudo em um raios de até 100 mil km quadrados e continuam matando por mais de 100 anos, nada que o homem constrói existe 100% de confiabilidade, qualquer local contaminado pode levar milhares de anos para se recompor.

O iodo vai para a tiróide, daí se distribuir iodo em quantidade para as pessoas tomarem e saturar a absorção da tiróide, o iodo radioativo que vier da contaminação na entra mais”, explica o físico da COPPE UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa.

Infelizmente as autoridades não divulgam a realidade de uma catástrofe como essa que está ocorrendo no Japão, abaixo imagens das consequências dos acidentes nucleares de Hiroshima a curto e longo prazo.
Acidente em Fukushima é nível 6 e prédio do reator 2 já não é hermético

O acidente nuclear na usina japonesa de Fukushima é de nível 6 (num total de 7) e a construção em torno do reator número 2 já não é hermética, anunciou nesta terça-feira a Autoridade Francesa de Segurança Nuclear (ASN).

“O fenômeno adquiriu um alcance muito diferente do de ontem (segunda-feira). Está claro que estamos num nível 6″, afirmou André Claude Lacoste, presidente da ASN (organismo independente).

Lacoste afirmou ainda que o prédio de contenção do reator número 2 de Fukushima também já não é hermético.

Na véspera, Lacoste afirmou que o acidente nuclear de Fukushima alcançou um nível de gravidade maior do que Three Mile Island, mas não chegou ao nível de Chernobil.

“É algo além de Three Mile Island (nível 5) sem alcançar Chernobil (nível 7). Estamos com toda certeza num nível intermediário, mas não se pode descartar que podemos chegar a um nível da catástrofe de Chernobil”, acrescentou.

No sábado, as autoridades japonesas anunciaram que o acidente na usina de Fukushima N°1 alcançou o nível 4 da escala de acontecimentos nucleares e radiológicos (INES), que tem seu máximo no nível 7.

Segundo esta escala, a catástrofe nuclear de Chernobil, ocorrida em abril de 1986, foi avaliada no nível 7, o mais alto jamais alcançado, definido como um “acidente maior, com um efeito estendido ao meio ambiente e à saúde”.

O nível 6, ou “acidente grave”, se refere a um “vazamento importante que pode exigir a aplicação integral de contramedidas previstas”, e o nível 5, um “acidente com vazamento limitado”.

Abaixo imagens das consequências dos acidentes nucleares de Hiroshima a curto e longo prazo.

A seguir você verá imagens que podem ser fortes para algumas pessoas, veja por sua conta e risco:  para visualiza-las clique no botão MAIS INFORMAÇÕES logo abaixo:
Créditos desta postagem: Gamevicio.com.br  (Publicado na página original em 19 de março de 2011).

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2 comentários:

  1. O pior é que esta classificação foi feita ainda no início do problema, que ainda pode se agravar bastante. Espero que tudo ocorra bem, pois não seria nada legal se isto expandisse e afetasse mais a população e o meio ambiente.

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  2. Maurício, infelizmente a coisa está mesmo bem pior. Traços preocupantes de radiação e isótopos radiotaivos já foram encontrados em outros países da Ásia. Imagine, então, como está o Japão!
    Tenho parentes lá e estou preocupadíssima, pois eles não conseguem voltar para o Brasil. Para se conseguir um pacote com garrafas de água mineral está uma dificuldade, pois só distribuem 1 para cada família. Há escassez de água e comida, mas o pior é o medo desse grande inimigo invisível, que contamina sem aviso, e pode trazer problemas sérios para eles e para suas futuras gerações.

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