quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ensinando e aprendendo Química

No ano de 1998 foi estabelecida uma nova lei que visava reformular o ensino médio brasileiro que buscou uma atualização da educação brasileira, impulsionando a democratização social e cultural, e, de certa maneira incitando os jovens a buscarem mais por essa formação, que é a base para uma formação profissional. Toda essa política de conscientização e estimulo foi para que a sociedade pudesse compreender a grande importância em estudar, pois diariamente presenciam os desafios impostos pela globalização, que exige, cada vez mais, profissionais mais qualificados excluindo, arbitrariamente, aqueles que não suprem as suas expectativas.

O documentário Ensinando e Aprendendo Química tem como finalidade conhecer a situação da educação e enfatizar as dificuldades e barreiras encontradas pelo ensino de química e pelos professores nas escolas das cidades circunvizinhas da região.

A instituição observada é a Escola Estadual Antônio Carlos Magalhães, localizada no município de Dário Meira – BA. Essa é uma escola de ensino médio que atende à população municipal, atualmente com 420 alunos. É uma instituição reconhecida pela comunidade, devido ao seu papel social que vem desempenhando, investindo em projetos sociais e na qualidade de ensino que vêm estimulando os alunos a serem seres capazes de agir e fazer a diferença na sociedade.

No entanto, em meio a todas as tentativas de desenvolvimento, a escola depara-se com muitos impasses. A realidade é que a maioria das pessoas possuem uma perspectiva da escola completamente diferente da sua real essência, que por sua vez é garantir a construção de conhecimentos e valores para uma compreensão crítica e transformadora da realidade na qual estamos inseridos. Essas pessoas querem dar à escola total responsabilidade sobre a vida dos seus dependentes, ou seja, para elas a escola tem que criar, desenvolver, ensinar, corigir, suportar.... Certo que a escola é uma parceira da família, porém com responsabilidades diferentes. O que foi muito ressaltado é a falta da participação familiar direta, que é um fator fundamental para o progresso educacional e social do cidadão em formação.

O que se pôde perceber, evidentemente, é que a disciplina química não é algo tão bem vindo na vida da maioria dos alunos. Eles possuem muitas dificuldades, as quais são comentadas pela professora Vanusa Freire Santana Licenciada em Ciências Biológicas pela Faculdade de Tecnologia e Ciências.

Outro problema enfrentado pelas escolas de um modo geral é a falta de professores licenciados em química. Sendo assim, as escolas encontram-se obrigadas a contratar professores graduados em outras áreas e que tenham capacidade de lecionar a disciplina.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o aluno ao final do ensino médio deve ter a capacidade de dominar diferentes linguagens, compreender processos, diagnosticar e enfrentar problemas reais, construir argumentações e elaborar proposições. Mas nem sempre isso acontece. Vários fatores norteiam essa falta de resultados favoráveis, insegurança, a violência, a marginalização, a exclusão, a falta de ética, a carência de uma reflexão crítica e a crise dos valores são algumas exemplos mais claros.

Apesar de tudo, a instituição e os professores, que são mediadores do saber, nunca devem deixar-se vencer pelos desestímulos, mas sempre ter em mente que educar é mais que reproduzir conhecimento. É, sobretudo, responder aos desafios da sociedade na busca da transformação.

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